sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Foi boa a festa pá!

Erám 30!E vieram de todo lado só para te ver...Trouxeram prendas, muitas e bonitas. Ouro, prata e vestes do melhor corte. Celebrou-se a esperança, a alegria e felicidade que há-de vir num futuro certamente promissor. Comeu-se o fiel amigo regado com bom vinho. Juntou-se família de um e outro lado e mataram-se saudades. Depois, todos em coro afinado cantaram-te os parabéns. Todos, menos o pai. Não por não querer, mas porque às vezes a felicidade é tanta que nem conseguimos articular palavra. Todo o tempo ao colo do pai, olhavas desconfiada para a vela que ia faiscando. Finda a festa ficou a certeza quase absoluta: para o ano há mais, todos juntos.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

1 já está!

Parabéns Pequena Imperatriz!!! O primeiro ano já está. Apesar de hoje teres acordado com o estomago às voltas o que obrigou a mamã a ficar em casa contigo, nada vai conseguir estragar a grande festa que temos preparada para ti. Vem familia de todo o lado só para te ver e para te ajudar a soprar a vela. Olha que há muita gente que gosta de ti, mas nenhuma tanto como o papá. Parabéns!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O Céu é o Limite...


Os progressos da Pequena Imperatriz registam-se a um ritmo diário...A semana passada foram os primeiros gatinhanços como deve ser em casa da avó D. e ontem foi a primeira alvorada em pé! Eu sabia que mais dia menos dia isto ia acontencer. Mas confesso que fiquei na mesma surpreendido quando entrei no quarto, de manhã bem cedo e te vi de pé, aos saltinhos, agarrada à grade da cama e a rires-te que nem uma perdida. O que virá a seguir...Mal posso esperar

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Parole...Parole...Parole...

Já digo mais uma! Nanana = Banana... Mas a entoação é tão perfeitinha que até parece mentira...Fenomenal!!!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Happy Birthday Daddy...

Na quarta-feira vivi o meu primeiro aniversário como pai de pleno direito. Mas mesmo em dia de festa os rituais da Pequena Imperatriz não foram quebrados. Disciplina férrea e caminha uns minutos antes das 21h. Confesso que tive alguma pena de apagar as velas sozinho mas...regras são regras. Mas não faz mal porque daqui a uns dias és tu que fazes anos. E essa sim vai ser uma festa de arromba. E aí nem que chovam picaretas, vamos soprar a vela os dois! (convém dizer que a tua festa vai ser um almoço...ainda longe da hora da caminha...é que regras são regras...)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Bola de Neve

Foi há uns dias que a Pequena Imperatriz resolveu apresentar-se às pintas. Guardou para o fim-de-semana a sua primeira alergia alimentar e mais uma visita ao pediatra. Mas desta vez não houve dramas nem febres, só mesmo um corpinho às manchas vermelhas. Graças ao Fenistil (que também há em gotas!?!?!) está novamente a 100%. Mas a verdadeira novidade da semana está numa nova capacidade linguística adquirida pela Pequena Imperatriz. Indo directamente ao assunto, antes de dizer papá como deve ser, a PI já recorre ao vernáculo. Como é que isto aconteceu? Bom...reconheço que poderei ter uma quota parte no fenómeno. Não no ensinamento porque esse foi involuntário, mas sim na propagação. Passo a explicar: Mudava eu uma fralda à PI quando me escapou um arrastado "Porrrrraaa!" Ao que a Pequna Imperatriz respondeu de imediato fazendo a sua própria interpretação da exclamação. Como ainda não consegue dizer os "pês" saiu-lhe só um na mesma arrastado "...rrrraa". Eu sei que não se devem reforçar estes tipo de comportamentos, mas tive que me rir. Depois veio a verdadeira asneira. Contar à avó Dt. a nova "proeza". E aí começou a bola de neve. Sempre ansiosos por ver os novos truqes dos netos e de os exibir a terceiros, imbuida de uma espécie de fascínio saúlesco, a avó Dt. tratou de dar asas à PI, tornando-se esta versão baby do "bacalhau quer alho", na piece de resistance do Pequena Imperatriz Show. O "tálá" do telemóvel, o truque do pente, o "chata", o "olá", tudo passou para plano secundário. E eu que me aguente à bronca. Ainda nem um ano tem e já tenho que pôr "tento" na língua a ela e...a mim! Não há memória de uma assim...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Off-Topic...

Acho que o compreendo...Nunca o faria, mas acho que o compreendo. Chama-se Robert Enke e a sua história só chegou aos jornais porque é uma figura pública. Muitos outros anónimos terão passado pelo mesmo. Guarda-redes titular da selecção alemã de futebol, suicidou-se ontem. Deixou-se colher por um comboio depois de caminhar centenas de metros no meio da linha. Apesar do sucesso, apesar da fama, do dinheiro, da vida em família, Robert tinha perdido tudo. Uma filha de 2 anos cujo o coração não resistiu deixou-o vazio, oco. Aposto que se tentou agarrar o mais que pode à carreira, ao futebol, aos amigos, à mulher com quem recentemente tinha adoptado uma criança. Mas o vazio continuava lá. Aposto que nunca conseguiu esquecer o rosto dela, aposto que teve momentos de profundo desespero pela impotência que deve ter sentido por não poder fazer nada para a salvar. Aposto que sentia a falta dela todos dias, a toda a hora, aposto que pensava nela sempre que encostava a cabeça no travesseiro para adormecer. Imagino que deva ter lutado com todas as suas forças para não vacilar, para não faltar a quem necessitava do seu amparo. Mas ontem, ao inicio da noite, por alguma razão, naquele preciso momento, Robert não aguentou mais as saudades, não aguentou mais o vazio e num último salto de fé decidiu partir ao encontro daquela que mais amou e que de si mais precisou. Não sou crente, mas nestas alturas adorava ser, porque se houve coisas que nos últimos anos mexeram com o mais profundo do meu ser, esta foi uma delas. Acho que te compreendo Robert...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

La Gripe

Chama-se Gripe A, H1N1 para os amigos e está a lançar o pânico nas cabecinhas de muitos pais e mães por esse mundo fora. Dizem que faz e que acontece, que é extremamente contagiosa e até já foi condecorada como pandemia. Mas o que é facto é que não chateia nem mais nem menos do que a gripe normal. Até ao momento a Pequena Imperatriz vai enfrentando tudo isto com a sua bravata habitual. Tem andado meia constipada nestes ultimos dias. Alguma tosse, fio de ranho pendurado do nariz, fruta da época diriam alguns. Mas para a Pequena Imperatriz "no passa nada". A sua fúria e sede de viver não se compadecem com essas mariquices. Ontem de manhã esteve um quarto de hora seguido!!! a rebolar entre o fundo e a cabeceira da cama dos papás. Literalmente a rebolar. E só parou porque, confesso, me cansei primeiro que ela. É que o stress de a ver mergulhar de cabeça a qualquer instante cama abaixo estava a deixar-me em stress. Sim, porque a PI não tem medo de nada. Os obstáculos são para ser transpostos, sejam eles quais forem, em nome da descoberta e da aventura. Vai ser bonito vai quando engatares a tracção às 4...Ai vai, vai...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Eu ando e tu? Gatinhas?

Para quem não conhece o que é a infinita curiosidade humana, só tem de passar uma tarde com a Pequena Imperatriz para se aperceber da fúria pela descoberta que nos consome e nos impele para ir mais além. A PI começa a perceber que o mundo que a rodeia vai muito para além do berço, do pai e da mãe e quer mais. Cada dia que passa quer sempre mais e mais. E estar sentada a ver o mundo passar já não chega, quer agarrá-lo com unhas e dentes e começar a percorrê-lo o mais depressa possível. Daí que o esforço para começar os gatinhanços está prestes a dar os seus frutos. Os movimentos já estão todos lá. Ensaia-os diariamente até à exaustão. Só falta dar o primeiro passo. Nós aguardamos ansiosamente pelo inicio de mais uma fase fascinante...Vamos lá Pequena Imperatriz, só mais um esforço...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Wiiiiii...

O que é que acontece quando se muda uma fralda a uma garota que está apostada em gozar connosco? Uma cama cheia de wiiiiiiiiiiiii...Dois segundos, dois segundos!!!! foi o intervalo de tempo que mediou entre a retirada da fralda usada e a colocação da fralda nova. Tempo mais do que suficiente para que a Pequena Imperatriz deixasse escorrer placidamente um belo xixi ensopando colcha, lençois, resguardo e...colchão. Era meia-noie e meia, mesmo a hora mais apropriada para pôr tudo na máquina, enxaguar e estender...NOT!!!!! Ainda bem que é sexta-feira.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Oh para mim!

Papá, papá...já sei dizer mais uma coisa!!! "Tau-tau"...Nem mais nem menos! E quando é dito por aquela cara marota com aqueles dentes de mentirosa à mostra?!?!? De morrer a rir...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Revisão dos 9 meses...

Tudo ok, mais que perfeito disse a Sra. Dra. na revisão dos 9 meses. As medidas conferem todas. Mais para o baixinha, gordinha q.b. e cabeçuuuuuuda!Daí estar esperta que nem um alho e ter arrasado nos joguinhos todos. Esconde, esconde; pegar com as pontinhas dos dedos, etc...etc...etc...Depois veio o pedido. Uma jovem de ar solicito aproxima-se e diz: "Peço desculpa por interromper, eu trabalho para o laboratório assim-assim (daqueles mesmo, mas mesmo mesmo mesmo grandes...com o nome começado em Nove e acabado em artis...) e gostaria que o nosso fotógrafo (profissional importado de Inglaterra) tirasse umas fotos à Pequena Imperatriz. O objectivo é que ela apareça na nossa publicação anual que enviamos aos nossos clientes e representantes...a nível mundial. Ao que eu respondi: "Minha cara amiga, isto não há almoços grátis! O que é que o seu laboratório pode fazer pela Pequena Imperatriz?" Resposta: "Tudo o que ela precisar..." Ora este tudo cheira-me a uma palmadinha nas costas, mas...who knows.
O que é certo é que não estava mesmo a contar que este tipo de preocupações começassem tão cedo...Ai esses teus olhos Pequena Imperatriz...ai esses teus olhos...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Walking on Sunshine...ou quase....


...Hoje é dia de festa...a Pequena Imperatriz completa 9 meses! A vida corre-lhe bem. Está gordinha, acorda sempre muito bem disposta, come que nem um camionista de longo curso e detesta andar calçada (sai ao pai...). Adorava ser como ela...A qualquer hora em qualquer altura, sempre que me apetece e me aborrece, que é quase sempre, tirar os sapatos e as meias e ficar de pé descalço. Ahhh maravilha. Andar descalço a mim lembra-me as férias e quem sabe até se não será também uma recordação longinqua de uma infância feliz. Espero que a Pequena Imperatriz ache o mesmo um dia. Mas as férias já lá vão e o estoiro que tenho no corpo, esse voltou. Não me posso queixar. A PI até se porta bastante bem. Come o que deve, dorme quando deve e tirando os gritinhos lancinantes que de vez em quando emite, é um doce. Está mais simpática do que nunca e sorri por tudo e por nada, como se quisesse exibir com incontido orgulho os seus dentinhos...E já são 7...pelo menos. Mas a as rotinas do dia-a-dia, somadas com a vida no trabalho e ainda as exigências próprias de criar um bebé estão-me a deixar como que drenado. Confesso que estou a precisar de umas férias à séria...com direito a babysitter full time! Ahhh...já me esquecia. A Pequena Imperatriz já se aguenta nas "canetas". Ainda não põe um pé à frente do outro mas já consigo prever grandes caminhadas no horizonte. Uma nova etapa e mais uma carga de nervos...Aguenta pai!!!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Hot Spots - parte 1

Bom site. Vale a pena consultar...

http://familia.sapo.pt/johnson/dos_6_aos_12_meses/perguntas_frequentes/849251.html

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Back to School!!

Ora pois...tem de ser. Regresso de férias e porque não o regresso ao blog, para dizer que a Pequena Imperatriz está bem e recomenda-se! Papá, Mamã, Água e o inevitável e repetido até à exaustão mas com uma clareza arrepiante, "Olá", já fazem parte do vocabulário da Pequena Imperatriz. Aos oito meses não está mal. Já é capaz de estar sentada sem se vomitar de 5 em 5 minutos, já come a sopinha toda, já se deixa molhar até à cintura na piscina ou no mar sem desatar num berreiro descontrolado e até já deita a lingua de fora às empregadas da loja da Zippy que se metem com ela. É como a avó Odete, não leva desaforos para casa de ninguém! Imita o pai a abanar a cabeça e aos gritinhos, movimento conhecido como "os maluquinhos do rock n´roll" e também já é capaz de dizer que não abanando a cabeça. Diz que não é a tudo, o que me leva a crer que não faça a mais pequena ideia do que está a fazer...Os seus olhos continuam enormes e cada vez mais faiscantes. Irradiam saúde e rebentam de vida. Não há ninguém que não repare neles. Assim como nas suas feições cada vez mais parecidas com as do pai. Incontornáveis são também os 7 dentinhos que já conseguiram romper a gengivas. Morde e rosna às almofadas e as fraldas como um verdadeiro Pitbull...terrier :)
Depois de 3 semanas consecutivas a conviver contigo de manhã à noite, Pequena Imperatriz, estou cada vez mais apaixonado por ti. Roça a parvoice, o quanto vibro com as tuas proezas. E esta noite que já dormiste sozinha no teu quarto, voltaste a provar que és uma guerreira nata. Só um aí às 5 e meia da manhã porque o raça da chupeta se emaranhou no teu habitual rodilho de fraldas. Nada de especial...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Corazon Partido...

Eu sei que não é nada de mais...Dizem os médicos que é a "fruta da época". Dentes a nascer, as orgias de brinquedos que passam de boca em boca na creche e as inevitáveis viroses. Febre, noites mal dormidas, uma diarreia aqui ou ali...Nada de especial, tudo controlado. Mas ainda assim, a angustia parental é grande. Nunca como hoje me custou tanto deixar a Pequena Imperatriz na creche. Eu sei que ela está bem entregue. Há lá gente que realmente se preocupa com ela e que sabe o que faz. Mas...confesso que quando virei costas e a vi mirar-me com aqueles olhos enormes que só ela tem, o meu coração apertou-se até ficar do tamanho de um bago de arroz. Acho que é nestas alturas que descobrimos o que é realmente a essência de ser pai. E não vale a pena tentar explicar o que é, porque não há como o fazer. É preciso sentir-se na pele. O que vale, Pequena Imperatriz, é que logo à noite eu sei que já estás boa. É o que vale...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Al dente!

Finalmente!!! (Alguma vez teria de acertar) Estão dois dentes a caminho! Os primeiros! E não estou a fantasiar porque já arranham. Claro que com a Pequena Imperatriz nada acontece com facilidade. Os primeiros dentinhos deram direito a febrão. Dois dias quase a queimar a barreira dos 39º. Mas felizmente passou tudo sem problemas de maior. Só um pouco mais de rabugice e um pouco menos de apetite que o habitual e um dia de férias metido à queima roupa pelo papá para poder ficar com ela em casa. Ainda assim, mais uma prova superada.
Agora estou a entrar numa outra fantasia diferente, porque já acho que a Pequena Imperatriz diz umas palavras. Lá pelo meio das suas intermináveis algarviadas, de quando em vez sai um nítido e sonoro "papá" ou um rasgado "olá". Se é a minha cabeça a perder-se em intermináveis fantasias ou se é mesmo a realidade, só o tempo o dirá. A ver vamos, como dizia o outro. Pequena Imperatriz, estamos lá!!!! Estamos a chegar lá!!!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Balanço...e dicas úteis...

Ok. Estão completos os primeiros seis meses de vida da Pequena Imperatriz e...bom ...isto até nem é assim tão difícil, esta história da paternidade. Os primeiros 3 meses são de facto uma provação, fruto de uma dependência total da cria. Este efeito é potênciado a dez quando se trata do primeiro filho porque a inexperiência parental é mais que muita. Mas agora que tudo entrou em velocidade de cruzeiro poderei deixar alguns conselhos práticos fruto da (pouca) experiência que já consegui acumular. Assim sendo:

1- Para os primeiros dias do bebé em casa, tenham o congelador recheado de comida congelada. Pizzas, lasagnas, refeições instântaneas, porções préviamente cozinhadas, etc...porque não vos vai sobrar tempo para nada. O bebé vai requerer a vossa atenção em permanência e quando eu digo em permanência, é porque é mesmo.
2- Façam um esforço para dormir. Pai e mãe revesem-se nos periodos de vigília. O cansaço acumulado só serve para aumentar os niveis de irritabilidade e isso torna tudo ainda mais difícil, já que o vosso bebé vai absorver todas essas más vibrações. Sejam confiantes e decididos quando estiverem a interagir com o vosso bebé. Façam com que ele se sinta seguro e protegido. Por isso, o vosso descanso é também um descanso para o bebé. Escolham uma divisão da casa para ser o vosso santuário, longe das coisas do bebé e o mais sossegada possível. Esse será o vosso refúgio para recarregar baterias.
3- Pai e mãe: o bebé vai chorar...e muito. Não vale a pena stressar. Eles são muito mais resistentes daquilo que nós possamos pensar. Além de que essa é a única forma que eles têm para comunicar. Provavelmente estarão a dizer-vos que estão com fome ou com a fralda suja, com frio ou com calor, com sono ou então com as temidas cólicas. Façam uma check-list a estes items. Se o choro persistir pensem em ligar ao pediátra, mas não corram logo para o hospital. A maior parte das vezes são pequenas coisas que se resolvem por telefone.
4- A chave para que tudo corra melhor é preparação prévia. Jogar sempre em antecipação. Quer seja para mudar uma fralda, dar de mamar, o biberon, o banho. Aproveitem os momentos de calmaria (com o bebé dormir) para prepararem tudo. Assim, quando chegar a hora de executar as tarefas é só carregar no botão da "linha de montagem" e voilá.
5- Se tiverem essa oportunidade não hesitem em pedir ajuda aos avós, tios, primos, amigos mais chegados. Ajuda para tomar conta do bebé enquanto descansam mais um pouco, para cozinhar, passar a ferro, limpar a casa, etc. Repito, não vos vai sobrar tempo para nada nos primeiros meses. E toda a ajuda que possam obter é mais do que bem-vinda.
6- Sejam disciplinadores com as visitas. Nos primeiros dias de regresso a casa imensa gente vai querer celebrar com vocês o nascimento do bebé. É natural que a casa se encha de gente que, embora mais do que bem intencionada, vos vai tornar a vida ainda mais difícil. Por isso tentem distribuir as visitas por vários dias. Desencontrem as horas de chegada de uns e de partida de outros. E se os tiverem que pôr na rua ou porque estão cansados ou porque têm coisas para fazer, não se sintam constrangidos, eles são os vossos melhores amigos, a vossa familia mais próxima, serão os primeiros a compreender a situação.
7- A Internet é um aliado e um inimigo ao mesmo tempo. Há imensa informação que pode ser útil e que vos pode ajudar a enfrentar e compreender várias situações. Mas vão encontrar também muita informação contraditória. Por isso a lei vigente é sempre a ditada pelo médico pediatra. Quanto ao resto usem a vossa sensibilidade e os vossos instintos para recolherem e utilizarem aquilo que acharem melhor. Porque não há dois bebés iguais. O que serve para um pode não servir para outro. Cuidado também com os "palpites" dos mais velhos e dos ditos mais "experimentados". Aqui a regra continua a ser a mesma: recolham a informação que achem que pode ser útil e filtrem o resto. mas sejam vocês os pais a tomarem as decisões, a viverem as coisas, a cometerem os erros. Só assim vão aprender.
8- Prendas e Compras: existe uma verdadeira máfia comercial à volta dos bebés. Nas lojas vão querer-vos impingir tudo e mais alguma coisa e vão-vos chantagear com o espectro de que se não compras é porque não queres o melhor para o teu filho. Há milhentas coisas que literalmente não servem para nada e que vão acabar no fundo de uma caixa qualquer lá em vossa casa. Se vos perguntarem o que querem de prenda peçam roupa. Não imaginam à velocidade que as coisas vão deixar de servir aos vossos bebés. Peçam sempre em grande, isto é, se o vosso bebé tem 1 ou 2 meses, peçam roupa para 4 ou 5 meses. Mesmo que fique um pouco grande no inicio é muito mais rentável. É só dobrar as manguinhas ou fazer umas dobras em baixo. Se decidirem comprar ainda mais para a frente, ou porque aproveitaram uma promoção de uma loja ou algo do género, tenham o cuidado de verificar se não estão a comprar roupa de inverno que apenas vai servir ao vosso filho no verão e vice-versa.
E por agora já chega. Brevemente irei postar mais algumas dicas e links para sites úteis para as vossas pesquisas.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

As Good As It Gets...

É um pai babado e surpreendentemente descansado que vos fala. Parece que finalmente a Pequena Imperatriz entrou em velocidade de cruzeiro. As birras monumentais, os choros desenfreados, a constante atenção e vigilância, tudo parece pertencer a um passado longinquo. Obviamente que ainda há muito que fazer, muitas provações no horizonte mas quase me sinto tentado a dizer que...o pior já passou. Quase...mas não digo. A Pequena Imperatriz está mais bonita do que nunca. E cabeçuda também. A última visita ao pediatra saldou-se com o seguinte remate final: "Ela não está boa, ela está um espectáculo!". Ora isto para um pai babado sabe a prémio do euromilhões. Não tanto pelo espectáculo em si, mas pela ausência de "Olhe...tem que ter cuidado com isto ou vamos ter que fazer isto e isto para resolver aquela coisa..." Isso é sem dúvida o melhor da festa. Mas crédito a quem o merece. A creche está a fazer maravilhas pela Pequena Imperatriz. Cria estrutura, hábitos de convivência, rotinas e disciplina. Em casa, é só colher os frutos e não borrar a pintura com excesso de mimos e compensação da ausência. Manter tudo nas doses certas e rezar muito para que assim continue por muitos e bons anos, porque o futuro já se sabe não pertence a ninguém. Mas para já para já, Pequena Imperatriz estás aquela máquina!!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Ponto da Situação

Isto dos blogs é tudo muito giro, mas quando se tem filhos para criar é complicado arranjar tempo para o que quer que seja, quanto mais para post novos...Mas enfim, hoje resolvi fazer um esforço porque afinal de contas já lá vai mais de um mês desde a última entrada. O mais fantástico da coisa é que a Pequena Imperatriz está melhor do que nunca. Os progressos são enormes, visíveis a um ritmo quase diário. Já vamos na segunda semana de infantário e ela tem-se portado como uma verdadeira guerreira. Come a papa toda, resiste mais um pouco à sopa e já borra fraldas com m"#$%" como deve ser. Aliás, começo a desconfiar que a Pequena Imperatriz vai ser uma garota de faca nos dentes. Só a titulo de exemplo, aqui há umas semanas atrás foi levar mais uma das suas múltiplas vacinas e mesmo com a agulha a espetar-se na perna, não soltou nem um ai...Suspirou longamente quando acabou a "picada" e continuou como se nada fosse. É como vos digo, uma guerreira nata!!! Até pela maneira como luta contra o sono se nota! Mas isso é outra história...Pequena Imperatriz, continuas no bom caminho!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Das 9 às 5...

Hoje vou conhecer o teu primeiro "local de trabalho". Tal como em quase tudo na vida, o que é planeado com a devida antecedência, por norma corre melhor. E neste caso não poderia ser mesmo de outra forma já que a tarefa de encontrar uma vaga disponível num berçário está transformada numa verdadeira caça ao tesouro que seria de todo impossível deixar para a última da hora. Assim sendo, com um mês de antecedência já sabemos que tu, Pequena Imperatriz, vais começar o teu trajecto "proletário" ao pé do primo Rodrigo. O ambiente é campestre, pleno de ar puro, longe do buliço urbano, bem no meio da natureza. Uma espécie de casa da avó na aldeia. Espero que gostes e que não levantes muitas ondas, porque senão o "patrão" põe-te a mexer em três tempos e aí é que temos mesmo o caldo entornado. Mas acredito que não demores muito a conquistar toda a gente com os teus olhos grandes e redondos e os teus sorrisos contagiantes.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Primeira Página

Faz hoje precisamente um ano que foste noticia pela primeira vez. Estava o pai prestes a entrar em jogo no solteiros e casados de quinta-feira e a mamã resolveu telefonar. Chorava meia descontrolada, sem saber o que fazer e lá me disse que estavas a caminho. Nem queria acreditar. Guardei a noticia só para mim, aquele momento foi só meu e de mais ninguém. Depois é que foi contar ao resto do mundo. Primeiro à avó Patalógica e que bela prenda de aniversário ela recebeu...É absolutamente incrível como o tempo passa. E é incrível o que já passámos juntos Pequena Imperatriz. As emoções das ecografias, os apertos do parto, a primeira soneca de mão dada com o pai, as loucas noites sem dormir, os primeiros sorrisos, as cólicas infernais, os passeios de carrinho, as horas e horas de colo, os sapinhos, o colimil...Meu Deus, tantas aventuras e sabes que mais? O melhor ainda está para vir!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Tenho que ir à bruxa...

Pela segunda vez no espaço de 3 meses estou "engripado". Basicamente nos últimos meses já estive mais vezes doente do que nos últimos 10 anos. Ora, a Pequena Imperatriz nasceu há pouco mais de 3 meses e a revolução não dá sinais de normalizar. Sinto-me cansado, mais do que isso, saturado. E não consigo evitar pensar que o meu estado de exaustão quase permanente seja o grande responsável pelo estado deficiente em que se encontra a minha barreira anti-viral. É o chamado efeito bola de neve. Mas apesar de tudo estou feliz, porque a Pequena Imperatriz continua a crescer muito bem, mais rápido até que o normal. Está grande, forte e saudável e com um pulmões que das duas uma: ou lhe vão proporcionar uma gloriosa carreira como cantora lírica ou então se a gaiata for mais virada para o desporto, campeã mundial de mergulho em apeneia ou caça submarina ou algo do género. Bom, tenho esperança que este meu "engripanço" não passe de uma constipaçãozita. É que não há corpo que aguente tanta dessa droga tipo ben-u-ron. Vá lá Pequena Imperatriz, desta vez tens de ser tu a tomar conta do pai. Pode ser? Basta que não chores muito e o pai já fica feliz...

sexta-feira, 20 de março de 2009

Dia do Pai

Ontem foi dia do pai. O meu primeiro de pleno direito. Tive direito a prenda. Emoções à flor da pele. Era só isto...

quarta-feira, 18 de março de 2009

Oh pai...O dr. é que sabe...

Começa cedo esta história de os filhos desmentirem os pais. Não que eu esteja a chamar desbocada à minha filha, longe disso. Mas parece que pelo menos vai manter o estatuto de desdentada durante mais uns tempos. Portanto aquela história do pai estar para aqui a dizer que a Pequena Imperatriz já tinha os dentinhos a caminho, pois...tudo mentira, ou melhor dizendo, falta de informação à mistura com um pouco de "wishful thinking". O desmentido foi ontem confirmado pelo pediatra e devidamente adornado por uma frase lapidar que aqui transcrevo para não mais esquecer: "Não, ainda não há dentes a caminho...Ora diga lá se esta não é a boca mais inocente que já viu?". Confesso que fiquei mesmo a pensar naquilo. Num país onde todos os dias acontecem coisas que só deveriam acontecer quando nascessem dentes às galinhas, ali estava eu a torcer e a desejar que a Pequena Imperatriz crescesse mais depressa do que devia e esbanjasse o dom mais precioso: a inocência. A inocência que quem começa agora a ver o mundo pelos seus olhos, mas que como por artes mágicas na face de estranhos só vê novos amigos, nos muros e barreiras apenas vê novos horizontes para conquistar, num simples pedaço de papel colorido motivo para rasgar mais um sorriso. Começo a ter dúvidas sobre quem terá mais a aprender com quem...Se tu com o pai, se eu contigo Pequena Imperatriz...

quinta-feira, 12 de março de 2009

What´s up doc??

Estou a dar em maluco...Outra vez! A meta mítica dos 3 meses foi ultrapassada ontem e melhorias na choradeira da Pequena Imperatriz, Nada! Nada a assinalar, isto porque decididamente está lançada a confusão. Porquê, perguntam vocês fieis leitores ou melhor dizendo, leitor. Pois eu vou dizer: então não é que já estão a nascer os dentes à gaiata?!?! Acabadinha de fazer 3 meses e já se vislumbram perfeitamente duas feijocas a romper na dianteira da gengiva inferior. Eu já andava a estranhar o fetiche de andar sempre com as mãos na boca devidamente enroladas em longos e grossos fios de bába. Mas hoje perdi as dúvidas. Isto significa basicamente que não vai haver aquelas semanas de descansinho entre as birras de cólicas e as birras de dentes. É tudo de enfiada. Acho que é desta que vou pirar de vez. O cansaço acumulado já é muito e a paciência é cada vez menos, confesso. Mas enfim, como dizia o outro resistir é vencer, se bem que para já ter dentes aos 3 meses, a Pequena Imperatriz vem mesmo com muita fome de mundo...Cheira-me que as dores de cabeça não vão passar tão cedo. Enfim, eu cá vou resistindo ainda sem recurso a substâncias ilicitas...

segunda-feira, 2 de março de 2009

It´s the final countdown...

...ou não! Como o tempo voa...Já lá vão quase 3 meses desde que a Pequena Imperatriz chegou a este mundo. E a avaliar por aquilo que chora todos os dias vontade não lhe falta de voltar para a barriga da mãe. Mas também quem a pode censurar. Vir ao mundo em plena crise financeira não se faz!! Mas este é mesmo o cerne da questão: chorar todos os dias e 3 meses. O que é que uma coisa tem a haver com a outra? Tudo! Pelo menos assim o dizem, médicos, enfermeiros e a anexa sabedoria popular. Aos 3 meses tudo o que é bebé vira gente. Acaba-se a choradeira e começam a portar-se como homenzinhos ou mulherzinhas conforme os casos. Mas o meu cepticísmo não me deixa embarcar em grandes euforias e permitam-me que mantenha a minha reserva mental em relação a essa tal data dos 3 meses. Ainda assim gostava mesmo de acreditar nesta "old wives tale". Já me estava a ver a preparar uma festança de envergonhar a mais opulenta "desbunda" de um qualquer sheik dos petrodólares. Que se lixe o dinheiro, o que eu quero é poder ouvir a televisão mais de 5 minutos seguidos!Ahh...como seria bom. Mas, desconfio que não! Termino com o lema da semana: (que me perdoem os senhores do azeite Galo pelo plágio, que é e aviso já, perfeitamente deliberado) Pequena Imperatriz, a chorar desde 11 de Dezembro.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Será que me entendes?

Já lá vão dois meses...É verdade. 2 meses desde que a Pequena Imperatriz subiu ao seu trono. Gostaria de poder dizer que o pior já lá vai e que a partir daqui vai ser um mar de rosas. Mas mais uma vez os velhos sábios vão-me dizendo para não ter muitas esperanças. É que acabam umas e começam outras...Preocupações, entenda-se. No entanto e a bem da verdade as coisas de facto estão um pouco melhores. Digamos que o modelo de governo da Pequena Imperatriz evoluiu de uma ditadura militar implacável para uma espécie de despotismo iluminado. Já não é só repressão, também há alguns momentos de acalmia e até pasme-se, de diálogo com a oposição. Se bem que a linha de argumentação da Pequena Imperatriz é simplesmente imbatível. Apesar disso no fim-de-semana tivemos um óptima conversa. Fiz-lhe várias perguntas ao que ela foi respondendo com alguns dos mais ternurentos e rasgados sorrisos que alguma vez tinha visto. Lá está...argumentos imbatíveis. Mas fiquei com a distinta impressão que a Pequena Imperatriz estava de facto a ouvir-me com toda a atenção. Filha, será que já entendes o pai? Será que já me conheces a voz? Será que...? É que já tenho tanta coisa para te dizer...Mal posso esperar pela nossa próxima conversa...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Bem-vindos ao Ruanda...

Alguma vez teria de ser...Na passada quinta-feira a Pequena Imperatriz visitou pela primeira vez o Hospital Pediátrico de Coimbra. Primeira e última, devo desde já dizer. Confesso que ainda não recuperei do choque. Não do motivo da visita, que esse foi apenas um pequeno susto devidamente empolado pela inexperiência dos progenitores, mas sim com o Hospital em si. Toda a gente sabe que o Pediátrico está longe de funcionar nas condições físicas ideais, mas nada mesmo nada me havia preparado para o que eu iria encontrar. Transposta a porta de entrada, senti-me imediatamente imerso num universo próprio dos piores cenários de um qualquer país de terceiro mundo. Vidros partidos remendados com plásticos e adesívos médicos, salas de espera deficientemente climatizadas e onde crianças saudáveis e crianças doentes convivem misturadas, isto já para não falar da total ausência de controle das portas de acesso aos mais diversos serviços. E isto foi só o começo. O melhor, ou seja o pior, ainda estava para vir. Chegado aos gabinetes de triagem fui confrontado com a seguinte situação: para chegar ao gabinete 2, teria de passar pelo meio do gabinete 1. Mas a coisa ainda fica melhor, ou seja pior. Graças às maravilhosas câmaras fotográficas integradas nos telemóveis vou deixar que as imagens falem por si...

(sim! são canos sabe-se lá do quê completamente expostos e que passam por cima da cabeça de toda a gente!)

(sim! Lá em cima é um vidro partido de uma janela que dá para rua e sim! Cá em baixo é um quadro eléctrico com a chave de acesso pendurada ao lado num sitio onde circulam crianças!!!!!!!)


(Sim! Esta é a tecnología inovadora para deixer o telefone com uma chamada em espera!)

(Sim! Esta é a marquesa onde a Pequena Imperatriz foi observada!)

(Sim! Este é o conceito de arte nas paredes na sala onde a Pequena Imperatriz foi observada!)

(Sim! Aquilo lá ao fundo junto à janela é humidade no tecto. Mas nada de especial, afinal é só uma sala onde as crianças asmáticas fazem máscaras de oxigénio!!!!)

(Sim! Isto é a porta de acesso à sala de espera onde um vidro partido foi devidamente substituido por um plástico e fita adesiva!!!!!!!!!!!)


É verdade que um novo hospital está a ser construído e que tem abertura prevista para o verão de 2010. Mas também todos sabemos que estamos em Portugal e os prazos são apenas meras sugestões. Qualquer inspecção de saúde minimamente séria encerraria de imediato o Hospital Pediátrico de Coimbra, já que neste momento representa mais uma ameaça à saúde pública do que própriamente uma ajúda. E é isso mesmo que deve acontecer. É preciso criar uma solução alternativa de emergência que possa assegurar com um mínimo de dignidade, este período de transição até à abertura do novo hospital.

Uma consideração final: em nenhuma altura esta minha declaração se destina a criticar quem quer que seja do quadro de pessoal do Hospital Pediátrico de Coimbra. Muito pelo contrário. Serve antes para me colocar ao seu lado e também por eles chamar a atenção para aquela que considero ser actualmente, uma das maiores vergonhas nacionais. Para eles vai sim, o meu muito obrigado e a minha mais profunda admiração por conseguirem dia após dia prestar um serviço de assinalável qualidade em condições medievais.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Eu tenho dois empregos...

...que em nada são iguais. Um é fora de casa, trabalha-se o que se tem a trabalhar e pagam aquilo que têm a pagar. O tipo de relação que eu gosto. Não há cá cláusulas escondidas. Depois há o outro emprego. Aquele que começa quando chego a casa. Trabalha-se sempre muito mais daquilo que se está à espera e ninguém paga nada a ninguém. Cláusulas escondidas são mais que muitas e decididamente não é o tipo de relação laboral que eu gosto. Mais incrível ainda é que me candidatei a este "segundo emprego" de livre e espontânea vontade. Durante a fase de "entrevistas" era só facilidades e o periodo de "formação" até foi bastante...dinâmico. Mas agora, desde mudar fraldas, dar colinho, substituir a progenitora nas mais diversas tarefas domésticas (buááááááááá!!!!) porque esta se encontra em dedicação exclusiva à birra das 7 da noite, sei lá! São tantas que eu nem as conto. Felizmente que tenho o fim-de-semana para descansar...Ou então não! Pois...durante o fim-de-semana a Pequena Imperatriz também requer dedicação total. E em vez de descansinho sai-me um turno duplo!!! Nestes últimos dias a pergunta que mais tem saído da minha boca é: "Quando é que me deixam tirar férias???" Resposta: "Hummm. Talvez lá para 2030?" (Estou a acabar de escrever isto com a Pequena Imperatriz ao colo. E acho que ela percebeu tudinho do que eu estive para aqui a escrevinhar. É que acabou de deixar caír a chupeta e pôs-se a olhar para mim com aqueles olhos enoooormes que mais parecem duas azeitonas luzidias. E agora riu-se... Mas quem é que tem argumentos para contrariar isto???)

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A saga continua...

Decididamente a Pequena Imperatriz é uma guerreira nata. Já lá vai um mês e ainda não deu tréguas aos pais. As derrotas nas várias batalhas sucedem-se e sinto que o meu lado da barricada está a começar a desmoralizar. As tácticas de guerrilha da Pequena Imperatriz começaram a fazer mossa. Nos último dias, dois feridos em combate. Aliás a tarde de sábado foi passada nas urgências do hospital: de um lado o pai com uma entorse relativamente grave, do outro a mãe com uma mastite. A Pequena Imperatriz, essa ficou refastelada a dormir no sofá de casa da avó. No entanto, há a registar uma pequena vitória: as noites estão um pouco mais calmas. Já é possível dormir até 4 horas consecutivas sem grandes sobressaltos. Ainda assim temo que estejamos longe de nos poder sentar à mesa das negociações para conseguirmos o tão ambicionado tratado de paz. Até porque a Pequena Imperatriz continua com os seus ataques...de choro. Apenas pôs de lado a guerrilha nocturna, optando agora por assaltos diúrnos e à vista de toda a gente. Diria que está a ficar mais atrevida e confiante. E mais robusta também, o que lhe permite já neste momento uma emissão de décibeis próxima à de um caça F16 em mach 2. Temos respondido a estes ataques com doses certeiras de Colimil e muito "colinho", mas os resultados obtidos estão ainda longe dos desejados. Pequena Imperatriz, para quando as tréguas?

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

O peso...

Eu sei que não parece, mas o nosso sistema nacional de saúde até está razoávelmente organizado e tem alguma qualidade. Claro que quando comparado com os sistemas de países como a Noruega ou a Dinamarca, ou a Suécia, ou a Suiça, nós achamos que ele, o sistema, é o pior do mundo! Por isso para ficarmos mais felizes e contentes acho que devemos tomar como termo de comparação os sistemas de saúde de países como o Uganda, o Zimbabwe, a Somália ou até mesmo do Vanuato. Que foi o que eu fiz para produzir as afirmações iniciais deste "post".
Feitas estas considerações prévias e depois de sair porta fora da maternidade, a Pequena Imperatriz será acompanhada no centro de saúde mais próximo da sua/minha área de residência. Apesar de estar exiliado na margem sul, a minha área de residência continuará a ser sempre a mesma. Como o Sócrates: vive em Lisboa mas vota sempre na Covilhã. Eu e ele, o Sócrates, somos parecidos em algumas coisas, como por exemplo no facto de nenhum de nós ser Engenheiro, apesar de nos tomarem muitas vezes como tal. Mas isto é só um "aparte". Moving on...
Os centros de saúde são sitios um tanto ou quanto estranhos. São normalmente habitados por pessoas em idades entre o estado fóssil e o carvão vegetal que, tal como acontece nos autocarros, tomam conta de todas as cadeiras disponíveis onde vão dormitando à espera de serem chamados para medir a tensão arterial ou para mostrar as fotografias dos netos a caír de bêbados na queima das fitas ao "Sôr Dotôr".
Semanalmente, a Pequena Imperatriz e por arrasto eu, é "obrigada" a enfrentar este cenário para que possa desfrutar da atenção da Sra. Enfermeira e assim poder ser pesada, medida, auscultada, vacinada e o que mais as companhias farmacêuticas inventaram para sacar mais uns milhões à malta.
Recordo com saudade a primeira ida ao "peso" (parece conversa de restaurante de rodizio à Brasileira, mas é mesmo assim que lhe chamam), em que depois do pesadelo burocrático que foi colocar pai, mãe e a Pequena Imperatriz na ficha do mesmo médico de família, lá conseguimos transpor aquelas portas mágicas e chegar à sala de saúde infantil. Achei que naquele centro de saúde a expressão sala de saúde infantil foi levada demasiado a sério, já que fomos atendidos por uma enfermeira que media para aí 1,20m e estava de botas de cano alto!!!
Mais uma vez o pai foi colocado a um cantinho da sala, para não estorvar, e a Pequena Imperatriz lá deu o seu "show". Ironias à parte, fiquei mesmo chateado por mais uma vez, me terem feito fazer figura de biombo. Se bem que a certa altura a mini-enfermeira lá se terá lembrado de uma qualquer aula de biologia e percebido que...o pai também contribui para esta "cena" da concepção...E lá resolveu dirigir a palavra ao biombo, digo o pai e num esforço louvável de envolvimento arranjou-me uma tarefa: marcar o tempo da amamentação da Pequena Imperatriz. Fiquei em pulgas com a perspectiva de ter essa enorme responsabílidade de estar a olhar para o relógio durante 20 minutos!! Mas que raio de complô é este?
Oh homens de Portugal, seremos assim tão inúteis e desajeitados no que à paternidade diz respeito para sermos tratados como débeis mentais pelo nosso serviço nacional de saúde??
Fica a questão, julgo eu pertinente. Já agora Pequena Imperatriz, gostava de ouvir a tua opinião sobre isto. Mas por favor muda a tua linha de argumentação. Aquela cena do buáááááááá, buáááááá, buáááááá, está-se a tornar um bocadinho repetitiva.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Piccola Fábrica di Merda...

É uma expressão original de Herman José, criada a pensar naquelas pessoas que comem, comem, comem e nunca engordam. No entanto, eu acho que pode encaixar perfeitamente no universo dos recém-nascidos. 8, sim 8, fraldas por dia, sim por dia, é a média de consumo que os livros dizem ser o normal para bebés recém-nascidos. A Pequena Imperatriz está perfeitamente dentro da média. Em termos financeiros, custando um pacote de 27 fraldas à volta de 7€...bom, é fazer contas. Claro que nesta contabilidade não entra a mão-de-obra. E não tem que entrar porque essa é abaixo de gratuita, é escrava!! Aprendi a mudar fraldas às minhas custas. Observei, assimilei e tive que observar mais umas quantas vezes porque decididamente a tarefa é um pouco mais espinhosa daquilo que eu pensava. Isto porque os bebés em geral e a Pequena Imperatriz em particular, têm o vício de quando se apanham de perninhas ao léu de começarem a pedalar como se estivessem no final de uma etapa ao "sprint" da volta à França! O que é que acontece?? Nervos!! Tentamos a todo o custo segurar nas pernas do bebé, ao mesmo tempo que pegamos nos toalhetes (abençoados toalhetes) dodot para começar a "limpeza". Eis senão quando a Pequena Imperatriz resolve tornar as coisas ainda mais excitantes: ora cá vai um xixi...Parece ser outro dos desportos favoritos a fazer quando se está "au natural". É preciso não esquecer que a m*$%&da continua lá e é preciso não deixar que a fralda usada suba e suje a roupa da bebé...Mas eu só tenho duas mãos!!!!!!! Ok...de volta às trincheiras. A fralda limpa já tem que estar ali ao lado, prontinha, com os autocolantes abertos e tal que é para não haver perdas de tempo desnecessárias. Pronto, vamos pôr a fralda limpa! Mas que rio é este que está a escorrer no muda fraldas? Fez xixi outra vez... AAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH HHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Calma, calma. Toalhetes dodot e tudo se resolve...Pronto, fralda limpa no sitio. É só apertar os autocolantes e...já está! Ufa. Magnífico! Falta apertar o "babygrow" e....Espera...mas não puseste creme? Creme? Qual creme? Para as assaduras...Oi? Mas tenho que desapertar isto tudo outra vez? Pronto está bem, eu ponho o creme. Mas daqui a três ou quatro horas não tem que mudar a fralda outra vez? E não posso por o creme dessa vez? Tem que ser agora? Pois...porque senão assa...Xeque-Mate.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O Celibato...

Ora aqui está um post que não é preciso desenvolver muito para se fazer passar a mensagem. Basta ler o título e...desesperar. Nem que seja por solidariedade.
Dizem que os homens fazem sexo e as mulheres, amor. Pois nem uma coisa nem outra! Por razões médico-logistíco-operacionais (todas juntas dão, sei lá...muito tempo), como diria o Mário Mata, "...não há nada pra ninguém..."
Pequena Imperatriz, um dia, daqui a 45 anos, PELO MENOS!!!, irás compreender esta amargura que invade o pai...
Uma frase grandiosa para terminar: "Um pequeno sacrifício, a bem da humanidade..." Disse!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Loucas são as noites...

...que passo sem dormir. Eu sei que fui avisado. Nem queiram saber quantas vezes ouvi a frase e sempre saída da boca de pais de família: "Agora é que vão ser noites sem dormir...Agora é que são elas..." Encarei sempre estas "ameaças" com desportivismo e fui-me convencendo que não haveria de ser assim tão mau. Sou um homem batido. Habituado à violência das semanas da Queima das Fitas, Latadas e afins, das maratonas de estudo até às "quinhentas", enfim como poderia ser assim tão mau? Estaria ali juntinho da Pequena Imperatriz. O simples carinho e calor do pai seriam mais do que suficientes para a acalmar. Mas como estava enganado...
Como uma profecia apocalíptica que se concretiza, mal a Pequena Imperatriz se instalou no seu palácio, deu início ao seu reinado de terror. Os primeiros 15 dias foram de autêntica "Bltizkrieg", a famosa guerra relâmpago. Invadir, massacrar, conquistar. Apesar de sermos dois contra uma, as nossas forças eram absolutamente rídiculas para fazer face a um "set" de cordas vocais afinadas para o modo desespero. Foi como se tivéssemos passado a viver com uma sirene do INEM permanentemente encostada aos nossos ouvidos, com a condicionante de não podermos usar um martelo de bola para a calar, caso não conseguissemos perceber onde estava o botão ON/OFF.
Depois há a componente emocional. Sem dúvida a mais intensa. Para pais acabados de pintar de fresco, nada é mais desesperante do que não compreender a razão do choro descontrolado de um filho. Será a fralda? Será fome? Serão as temidas cólicas? Será sono ou simplesmente rabujice? Ou será do défice e da crise financeira internacional???
Sinto os meus neurónios a desfazerem-se lentamente. Dá vontade de fugir, acreditem que dá. Mesmo. Sem exagero, uma das maiores provações que já passei na vida, pelo menos até agora. Recorre-se à internet, voltamos a reler os "manuais de instruções" adquiridos durante a gravidez e tentamos racionalizar de alguma maneira a nossa recém adquirida realidade. Mas é tudo em vão. Aero-OM, Colimil, massagens na barriga, tudo não passam de quimeras e ilusões. A única expressão verdadeira que encontrei e que me fez percorrer um calafrio espinha acima foi: "Caros pais, é aguentar! Em princípio depois dos 3 meses passa"... 3 meses??? Em princípio??? O instinto foi procurar pelo talão de compra e pela garantia para tentar devolver mas...ah, não se pode. Pois...Mais uma coisa que ninguém me explicou...
Pondo de lado os pretérios exageros, claro que há o reverso da medalha. O que não tem preço e que daqui a 20 anos acredito me faça chorar copiosamente de saudade: a primeira vez que agarrou o dedo do pai enquanto fazia a sua primeira sesta; o ronronar da Pequena Imperatriz quando finalmente adormece esparramada no peito do pai; os sorrisos, ainda que involuntáriamente esboçados; o facto de toda gente dizer sem hesitar que é a cara chapada do pai; a ternura com que sinto saudades dela a meio de uma tarde de trabalho; ser a única pessoa à face da terra a quem reconheço as feições nos meus sonhos...
Como vez Pequena Imperatriz, não desisto! E desconfio que ainda vamos ser grandes amigos...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Dia D

É um sentimento estranho. Querer e não poder...Homem, o macho, o que tem a força, o que ignora a dor, o que enfrenta as adversidades, o que vai à luta. O mesmo que no trabalho de parto se limita a "ver jogar". É assim uma espécie de fiscal de linha que levanta a bandeirola de vez em quando, só para dizer que está lá. Os compêndios da moderna medicina dizem que o envolvimento emocional do pai na gravidez e no parto é essencial, mas as caras das enfermeiras e das auxiliares na maternidade apenas dizem que estamos lá para carregar as malas e ir comprar umas garrafas de água ao bar. É...frustrante. Mas o que fazer? Processar a mãe natureza?
Quer-se partilhar o fardo. O acesso à sala de partos é uma boa tentativa. Embora notoriamente egoísta. Dizemos que estamos lá para apoiar a nossa meia laranja naquele momento de supremo aperto. Em parte é verdade, mas há também aquela ponta de egoísmo masculino, de aceitar o desafio e do pai poder mostrar a sua masculinidade aguentando firme no meio daquele quase "cenário de guerra". Há os que desertam logo à partida, mas desses não reza à história. Para outros é pior a emenda que o soneto, já que decididamente sangue, suor e vísceras não são uma visão fácil de digerir. Para os restantes, os que sobrevivem, é como se tivessem escalado o Everest, um feito inigualável. Embora seja a mulher a fazer o grosso da tarefa, a fanfarronice masculina descontrola-se: " Ah e tal a minha mulher gritava e berrava enquanto estava para lá a ser cortada e rasgada e mais não sei o quê, mas eu aguentei firme! Assisti a tudo até ao fim e sem desmaiar!" Uau...Ao que nós estamos reduzidos. Enfim, temos que nos contentar com o que nos dão e eu assisti ao parto sim senhor, e aguentei firme! Assisti a tudo até ao fim e sem desmaiar...Ora toma!
Como vês Pequena Imperatriz, estou contigo desde o primeiro segundo e claro, emocionei-me com o teu primeiro grande feito: teres chegado cá fora sã e salva. Estás no bom caminho. Vamos lá ver se o pai tem pedalada para ti...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Editorial

Ser pai...Só o peso da frase intimida e então quando se o é pela primeira vez, é de fazer tremer os joelhos. Por muito que nos digam, que nos avisem disto e daquilo, que vai ser assim ou assado, nada se compara com a realidade. Para quem já é e pretende ser outra vez, para quem nunca foi mas anda a pensar nisso, para quem nunca pensou nisso mas vai ser, para quem quiser ler, aqui fica o meu relato, a minha experiência de vida sob o reinado da Pequena Imperatriz.